Som dos trilhos...

De malas prontas estou indo embora.
Escutando a nossa música e lembrando das coisas que fizeram sentido.
Em cada nota, um som dos momentos seus.
O violão, a bagagem e o trem. São tudo o que preciso.
Mas antes disso, eu precisava de outras coisas.
Precisava do sorrir da sua face, do olhar desajeitado e do comportamento estranho.
O surpreendente era seu esteriótipo.
A estação era apenas um lugar no GPS.
Então...
Aconteceu de tudo mudar.
Vieram as notas erradas.
As músicas incompletas e o arranjo desfeito.
O que antes era uma orquestra ,agora, é só um palco.
O trem está vindo.
E com ele, novos instrumentos.
Mas o meu violão.
Aquele dos momentos bons e ruins.
Esse não largo nunca.

Aposte

Imagine como será nos próximos 20 anos.

Imagine como serão nossas vidas durante essa época.

O certo é que sabendo ou não o que virá, nossas vidas estão sendo feitas nos planos do acaso.

Acaso. Para nós, o controle de tudo existe e nós somos os detentores de seu domínio. É só um acaso.

Faça a sua aposta. Jogue as cartas.

Quem sabe um dia descobriremos o porquê de tudo.

Ou uma razão de na maioria das vezes não existir um “porquê” nas coisas.

Talvez nem sejamos aquilo que passamos a vida toda planejando.

Talvez, um castelo seja a nossa casa.

A praia mais deserta seja o destino.

Apostar nesse jogo é incerto.

As fichas estão nas mãos.

Aposte baixo e talvez tenha mais chance de não se arrepender.

Arrisque tudo e talvez descubra o “porquê” de tudo.

                                                         Qual o seu lance?

Um passo_________: dado

Estou esperando alguma coisa acontecer.
Espero que eu saia daqui e vá embora de vez.
Espero que tudo se apresente para mim.
Nunca fui de esperar, mas, o necessário às vezes chega.
Sentado. Em pé. Enfim, no mesmo lugar nada acontece.
Arrisquei e fui.
Fui ver como era depois da porta.
Soube como é sentar na sala e ficar passando o tempo.
Soube como é ficar magoado.
Fiquei sabendo também de tudo que havia perdido por ter esperado tanto.
Não era o que tinha imaginado.
Pensei que ao sair da minha caverna descobriria a verdade de Platão.
Achei que o " Penso, logo existo" era verdade, pois para mim, não havia maldade lá fora.
Agora eu nem sei mais como volto paro o lugar de onde vim.
Não sei como deixar tudo do jeito que era antes.
Talvez seja melhor assim.
Porque pensando bem, a porta que eu atravessei já estava aberta há muito tempo.