Aqueles que entendem o que a vida pede, têm muito mais que sorte!

19 outubro 2011

Tempestades

                                                       
                     
De longe eu avistei aquele amontoado de nuvens e raios caindo sobre com fúria sobre as águas como chuvas que demoraram uma eternidade para se formarem. 
De longe eu avistei a esperança de passar por eles sem perder minha vida e deixar para tráz tudo aquilo que um dia sonhei conquistar.
De longe, o daqui a pouco ou o daqui à duas horas não importava mais.
Preso em um mar enfurecido de emoções motivado pelas circunstâncias contrárias.
Ninguém me vê. Ninguém me ouve. Estou só.
Apeguei-me a tudo que poderia me fazer feliz naquele momento.
Mas nada. Nada estava ao meu alcance pois estava longe de mim mesmo.
Fechei os olhos por um instante. O barulho das ondas bravias e dos trovões rodeavam os meus sentidos.
Mas em um momento pude me lembrar de quando parti. De quando tudo estava calmo e, achando eu que conseguiria sozinho, fui embora.
Abro os olhos novamente. O mar não está mais tão bravo assim.
Fecho os olhos novamente. Atravessei a tempestade.
Tudo está calmo. Mudo a direção.
E retorno para casa.
Volto para você.